segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pensando com os meus botões...


Ouço tantas coisas bonitas...Tantas emoções que construo
com a minha sensibilidade e a aposta de que as pessoas valem a pena !
Tenho construído um Universo de afectos ao longo da minha vida.
Mas por vezes as coisas não correm bem
A hipótese de construir relações com sentimento, respeito e frontalidade
mexe muito com o que somos, com o que queremos e principalmente temos que ser
honestos connosco próprios, e desistir de construir com algumas pessoas que
na impossibilidade de olhar para dentro de si, e de compreenderem, apenas demonstram uma atitude repetitiva e monótona que revela pouca sensatez e maturidade sem verem o contexto da situação e com quem interagem.

Cada pessoa é um mundo e temos que saber agir de acordo com quem temos à frente,
construir, não podemos ter um comportamento tipo para toda a gente, quem o tem
não vence, isola-se revolta-se e sente-se frustrado e incompreendido.

Por vezes são boas pessoas mas de terem comportamentos tão expectáveis, desiludem-me
e afastam-me, e eu não gosto de desistir mas para não me magoar de quem me trata igual a todos os
outros resolvo enveredar pela indiferença e continuar em frente , pois existem sempre outros com
quem vale a pena construir.

Eu sou assim outros serão de outra forma, para mim uns merecem a minha entrega
e outros a minha indiferença !!!

Uns gostam de mim, outros não! Mas... não é assim com toda a gente ??

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Jovens !!!

Discuti este tema com alguém e apeteceu-me escrever …

É com facilidade que se aponta os jovens como sendo, desinteressados
despreocupados irresponsáveis (geração rasca)…

Há já muitos anos que ouço esta conversa, desde jovem…
Fico triste que tal aconteça pois as pessoas deviam ir mais longe
no raciocínio…

E a nossa responsabilidade nisso, como pais, educadores, amigos?
Será que os jovens não são fundamentalmente fruto da nossa educação?

Será que o Estado na sua forma pouco respeitosa de tratar os contribuintes
se preocupa com os jovens, os apoia , lhes cria condições para evoluírem,
os educa ?
- Não!! – é a resposta que me surge.

Ao dizermos que os jovens são desinteressados e irresponsáveis estamos
a “ sacudir a água do capote”.

Claro que existe do bom e do mau, muitos jovens há, que são criados com regras,
Amor, apoio e acompanhamento e degeneram…

O Mundo está agreste, instável, os pais tentam (por falta de tempo, e não só...)
compensar os filhos com bens materiais.
Os miúdos são atirados para os quartos com o computador, as refeições
desgarradas, muitas das vezes de tabuleiro.
As conversas escassas.

A maior parte dos pais tem medo de dizer – Não – porque eles podem revoltar-se…
O apoio, o “calor”, a mente aberta, a atenção, o diálogo, o esclarecimento,
as regras, são quanto a mim, características fundamentais para que o projecto
filho(s) chegue a bom porto.

Os meus filhos estão criados mas não estão acabados, até hoje acho que a nível
de apoio, carinho, atenção, diálogo e regras tudo funcionou na sua educação,
mas, falhei no grau de exigência a nível prático...

Devia ter sido mais exigente nos compromissos escolares, mais rigorosa,
sim foi aí que falhei !!!

Não nascemos com um curso, aprendemos no caminho, sempre atentos
para que as falhas sejam mínimas

Tenho dois filhos maravilhosos, com defeitos e qualidades como todos nós,
dois seres humanos inteligentes e generosos, estimados por todos e com grupos
de amigos de há anos …

A educação dum jovem é um processo delicado do qual nós pais, educadores,
somos os primeiros e maiores responsáveis, não podemos menosprezar, deixar para
 “amanhã”.

Vulgarizar os jovens é pôr em causa a  nossa capacidade de educar.