quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Votos sinceros !!!


AMIGOS
Bom Ano Novo com muita saude, paz, amor e €€€ que também dão jeito!!
Um beijinho e votos de tudo de bom!!!


segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Estranhamente Natal !!!


Era uma familia desajustada, o pai jovem de educação esmerada, não seguia no entanto os principios que lhe tinham sido incutidos, cabeça de vento, imaturo, fazia uma vida pouco organizada para quem tinha uma família sob sua responsabilidade, a mulher e dois filhos, um
menino e uma menina.

A mãe, boa mulher , trabalhadora, de origem mais humilde, via-se incapaz de impôr exigências
era frágil e passiva, convivia duma forma angustiada com aquela vida que se desenhava cada vez mais sem rumo e sem perspectivas.
Os filhos, pequeninos, olhavam para os pais que amavam com um olhar de receio, nunca sabiam o que os esperava se um dia calmo alegre e sereno, se um dia violento de sofrimento e de lágrimas. A casa estava bonita até existirem problemas e terem de se mudar para outra deixando para trás mais um rasto de sofrimento.

Mas uma coisa ninguém lhes tirava a isso sempre tinham tido direito, o Natal...
Essa época era já assumida como epóca de paz, os presentes começavam a surgir e a ser escondidos de forma a que as crianças não os vissem, mas elas com a sua super sensibilidade acabavam por se aperceber e encontrar alguns, mais à mão ...
Na noite de Natal também com os avós, comiam a seia ansiosos por irem dormir, estavam excitados nervosos e felizes, como nunca, estavam unidos e trocavam olhares cumplices e trocistas. Quando os pais diziam :- hora de ir para a cama !!! saltavam dos seus lugares
beijavam os pais e os avós e abraçando-se diziam :- Já falta pouco mano , dorme bem!!! ao que o mano mais pequenino acenava feliz e ternurento
Essa noite era passada com um olho fechado e outro aberto, nesta ansiedade, tudo o resto era esquecido, as discussões dos pais , a angustia , a tristeza, estavam agora unidos e felizes.
De manhã a mãe ia acordá-los e dizia que eles podiam ir à chaminé, os pequenos talvez por uma consciência das dificuldades que os mais grandes passavam , não acreditavam no pai Natal mas viviam aquela época fingindo que acreditavam que o Menino Jesus lhes tinha ido pôr os presentes, como a sua mãe lhes costumava dizer...

Com um olhar deslumbrado e o sorriso aberto abraçados olhavam para a montanha de presentes que se encontrava na chaminé e saltavam excitados dando gritinhos de satisfação, abraçando os pais, estranhamente unidos nesta época, agarravam nos presentes e iam para o quarto de um ou de outro entrando no mundo da fantasia, que só voltariam a sair quando a magia do Natal desaparecesse...e, ela desaparecia, eles sabiam isso, mas iam ter alguma coisa para recordar quando fossem mais velhos, não seria só dor e sofrimento !!!

Viviam unidos, e, inconscientemente valorizavam esta felicidade, nem que fosse só por um "bocadinho" !!!


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O Pseudo Natal



Tem como origem o Nascimento de Jesus

Tem um propósito , unir-nos todos no festejo desta data.

Não pratico nenhuma religião,( independemente de ter fé ou não), mas posso ver o quanto estamos longe deste propósito.

Nesta altura todos se lembram de fazer peditórios, as crianças aparecem frequentemente nos meios de comunicação e supostamente todos sorriem duma forma condescendente e bondosa, aos problemas sérios que afectam o Mundo, que na maior parte do tempo passam despercebidos a muita boa gente. Transparecer preocupação é a finalidade.

Chama-se a atenção para os velhotes “coitados” que vivem abandonados e sós… mas é só no Natal que eles estão abandonados e sós? O ano tem 365 dias , penso que uma semana a serem mediáticos é pouco muito pouco, para quem vive abandonado e só.

Soa-me a falsidade, hipócrisia, a ridículo ...

Muitas vezes anda-se por aí a bater com a mão no peito quando nem em casa se liga aos "seus" velhotes… vejo alguns a serem tão beneméritos quando no social e tão frios na sua privacidade.
Esquecem-se os sentimentos, o calor humano, o abraço, o carinho, o amor.

O Natal para mim é festejar em família o prazer de nos termos uns aos outros, de estarmos saudáveis e intensos na relação, é o abraço trocado à chegada, o calor do convívio o beijo e o abraço que se repete frequentemente, o carinho a honestidade a lealdade dum convívio puro é agradecer sinceramente o que temos .

Mas, não fazemos isso só no Natal, mas ao longo do ano inteiro, estamos lá uns para os outros sempre, honestos críticos preocupados disponíveis e é a partir desta filosofia que nos preocupamos com o que se passa à nossa volta, que olhamos , analisamos e ajudamos, dentro das nossas hipóteses sem alaridos e propagandas.

É na família que nasce o verdadeiro sentido de partilha, amor, disponibilidade, apoio, daí parte-se para a honestidade de se estar na vida com a preocupação que temos para com os outros.
Aprende-se no sentimento sincero e leal e parte-se para o mundo e os seus problemas num conceito de honestidade, entreajuda e afecto, sem cobranças sem gabarolices...

O Natal é isso, calor humano, abraço apertado, beijo sentido... e por fim os presentinhos , não interessa o valor, nada disso, mas sim o ambiente que se gera a volta disso!!! dos 8 aos 80 parecemos crianças na pureza da vivência natalícia, espero que assim continuemos por muitos anos e que as gerações vindoras da minha família sintam a mesma felicidade que nós sentimos...
Desejo-vos a todos um genuíno e Feliz Natal....

Beijocas!!








terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Amiga para toda a vida!!!


Tentas ser outra
ocupar o tempo
não olhar para dentro de ti

Tanto que tens para dar
tanto que tens para viver
e continuas numa caminhada sem rumo!!

Dificil sorte a tua
Ponho-me ao teu lado
dou-te a mão
procuro equilibrar-te sem o conseguir!

Iludo-me quando estás bem
esperando que tenhas conseguido
mas...
continuas nessa tua luta
inconstante e só ...
Tanto que tens para viver
Tanta gente que te estima
Já não sei que palavras usar...
mas sei que sofres
sem eu nada poder fazer...
Tenho a certeza que vais conseguir
lúcida do teu problema
vais conseguir, não sei se hoje, se amanhã...
mas ao teu lado vou sempre estar
sempre pronta para te ajudar
O teu sorriso
o teu olhar terno...
A amizade em todos os momentos
sei que tenho isso de ti !
por isso vou sempre cá estar
para te ajudar
a deixares de sofrer
e começares finalmente a viver!!!
Eu sei que vais conseguir!!!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Histórias da Vida Real


Semicerra os olhos como não querendo ver a cena que ali se desenrola e da qual não queria fazer parte, de punhos fechados como querendo reprimir a raiva que sente crescente... À sua frente um homem, seu marido, um homem que um dia amou, grita como se louco estivesse, tantas vezes esta cena se repete...
Como chegaram àquele ponto?? eram tão felizes quando se conheceram , quando casaram, quando tiveram o primeiro filho... agora tudo isso pertencia ao passado apenas restava aquela dor e o confronto quase diário para o qual a única resposta que tinha para dar era o silêncio, a passividade...

Mas hoje as coisas tinham mudado, evoluido para pior, ele, não contente com as ameças que lhe fazia e para as quais não obtinha resposta, atrevera-se a gritar aos filhos a ameaça-los também !!!
Dentro dela crescia uma raiva forte e não a raiva surda que sentira tantas vezes, desta vez não
o temia, meter-se com os seus filhos... Não !!! não podia permitir.

As crianças abraçadas uma à outra soluçavam, assustadas, cada vez que o pai levantava a voz
estremeciam apavoradas.
Levantou-se corajosa enfrentando-o, sentiu-se crescer , o homem à sua frente , o seu marido, vacilou, surpreendido com aquela coragem súbita , levanta da mão e dá-lhe um estalo...Ela vermelha de cólera, aponta-lhe o dedo e diz-lhe : - Nunca Mais !!! ouviste?? Nunca Mais!
-Enquanto foi comigo, aguentei, embora o amor se tenha transformado em ódio, pensei aguentar pelos meus filhos, por uma pseudo-estabilidade emocional, mas hoje acabou nada mais faço... fazemos... ao teu lado. Vou sair e nunca mais te quero ver !!!
- Quando voltar não te quero aqui, quero o divórcio e quero-te longe !
Ele balbuciava palavras sem sentido o ciúme e os problemas que existiam na empresa onde trabalhava tinham-lhe tirado a capacidade de gerir a sua vida, sempre tinham tido estabilidade, uma boa casa, bons carros, e agora estava na eminência de tudo perder...
Não sabia que fazer que dizer, se chorar, se gritar... de cabeça entre as mãos procurava uma forma de alterar a decisão da mulher, tinha caído em si , visto o monstro em que se tinha transformado, tentou dizer-lhe, mas já não tinha palavras.
Ela, com os olhos cheios de lágrimas vestia os casacos às crianças que choravam ruidosamente
Agarrou na mala, começou a andar em direcção à porta, parou, e olhando para trás disse:
- Nada mais há a dizer, apenas que acabou, não aguento mais...

Abriu a porta, saiu e ele apenas pôde ouvir os passos descendo as escadas, sabia no seu intimo que nada mais podia fazer...